6 de fev. de 2011

Meu Coração


Ai, coração.....

E agora, o que eu faço?
Você bate tão de mansinho, quase não o ouço....

Tão baixinho, tão escondido, não te sinto....

Estou de volta a minha solidão
Ela sorri e me abraça.

É tão frio seu abraço, tão vazio
E tão cheio de nada....
Chove, coração...

Esta ouvindo?
Até parece que a natureza adivinha...

Ela é sábia, pois traduz
O que estou sentindo,
Pois as lágrimas que verti por dentro,
Estão lá fora, inundando o mundo.

De repente, quem sabe,
A chuva que agora ouço,
Pode servir de cobertor
Aos solitários,
Aos sem ninguém
E que, por terem a solidão como companheira
E não terem ninguém com quem compartilhar-se
Sentem mais que muita gente
Sentem mais profundamente.

E agora, coração?
Quem vai ouvir o meu grito?
E entender o meu pranto?

Não existe mais o acalanto,
Não existe mais o aconchego
Não existe mais o ombro amigo.

E agora, coração?
O que faço?

Sou forte,
Mas também,
Sou criança.

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